Quem tem filhos por volta dos 2 a 6 anos de idade sabe o quão difícil é manter uma boa alimentação dentro e fora de casa. Mesmo que os pais se esforcem para entregar bons alimentos e diminuir a ingestão de industrializados e açúcares, quando os pequenos estão com os parentes próximos e amigos, dificilmente é possível manter esse controle.

 

Sem contar que, criar hábitos saudáveis de alimentação desde cedo não é tarefa fácil.

A falta de apetite; as caras feias ao comer alguns vegetais; a recusa ao cuspir alimentos e a afinidade natural com os sabores doces são alguns dos pontos recorrentes nas queixas de pais e mães.

 

Então, quais vitaminas e nutrientes essenciais na alimentação diária das crianças? Quais são as principais fontes? Como incluir esses alimentos saudáveis na rotina? Essas são algumas questões que abordaremos nesse artigo.

 

 

Primeira infância - fase crucial:

 

Primeira Infância é o período da vida que vai da gestação até os seis anos de idade. Essa fase também pode ser subdividida em duas partes: a primeira primeiríssima infância, que vai da gestação aos três anos de idade, e o período que se estende entre os 4 e 6 anos.

 

Dos 4 aos 6 anos, a criança possui maior autonomia. Isso quer dizer que, além de conseguir se expressar, ela consegue desenvolver diversas atividades sozinha, como brincadeiras relacionadas às práticas esportivas. Nessa fase, a cognição (ou seja, a busca de conhecimento sobre o mundo) já é mais complexa. Por exemplo, a partir dos 5 anos, a criança já pode ser estimulada a seguir rotinas.

 

É um período essencial em que o desenvolvimento é muito acelerado. E para acompanhar esse ritmo, a alimentação e as atividades ao ar livre devem conciliar com um ambiente que proporcione todo esse aprendizado.

 

 

Porque o consumo de vitaminas de forma natural é tão importante?

 

As vitaminas são essenciais em qualquer momento da vida. Contudo, para garantir um bom desenvolvimento da criança, é necessário que haja um consumo mínimo adequado. Consumo esse que, muitas vezes é associado a alimentos processados que dizem no seu rótulo serem enriquecidos com vitaminas e minerais.

 

São achocolatados, vitaminas lácteas, biscoitos, cereais matinais e infantis, salgadinhos, sucos artificiais, leites fermentados, tudo montado para lhe faz acreditar estar cuidando da saúde do seu filho quando na verdade, deveriam ser um consumo esporádico apenas em certas ocasiões e não como refeições do dia a dia.

 

Além de serem artificiais, são carregados de substratos, enzimas, açúcares e conservantes que no final representam a maior parte do produto. Ou seja, eles podem até serem consumidos, desde que, a maior parte das fontes de vitamina venham de origem animal ou vegetal natural.

 

Sem contar que o organismo humano precisa de pequenas quantidades de vitaminas para o bom desempenho de funções como a formação de tecidos, o aumento da resistência dos dentes e dos ossos e o processo de cicatrização. Desse modo, as poucas quantidades de carnes, peixes, cereais, leguminosas e vegetais que a criança comer no dia já terá um grande impacto na saúde.

 

5 vitaminas fundamentais na rotina do seu filho:

 

VITAMINA A:

Essa vitamina é essencial no funcionamento da visão, além de ser importante para o desenvolvimento saudável da pele e dos ossos. Sua carência acarreta em alterações significativas na vista, como complicações ao enxergar em ambientes com pouca iluminação, à noite e na diferenciação de tons. Em situações mais graves, pode provocar uma secura na pele e nos olhos, ocasionando até o aparecimento de cicatrizes.

 

É encontrada em abundância no leite materno e em alimentos como cenoura, espinafre, abóbora, produtos lácteos e ovos. O congelamento e a cocção de alguns vegetais pode surtir efeitos negativos na disponibilidade da vitamina A. Por outro lado, o consumo excessivo pode ocasionar sonolência e náuseas.

 

VITAMINA C:

Consumir bastante vitamina C é sinônimo de dentes, músculos e ossos fortes e resistentes. O composto também desempenha papel fundamental no sistema imunológico, aumentando a resistência contra o aparecimento de infecções e auxiliando no processo de cicatrização.

 

Sua carência pode culminar no aparecimento de escorbuto, uma doença rara que, embora assintomática no início, pode provocar deformações nos ossos e articulações, além da fraqueza nos dentes e incapacidade de curar infecções e estancar cortes, mesmo pequenos.

 

Além do leite materno, a vitamina C é abundante em frutas cítricas como limão, laranja, mexerica, tangerina, melão, melancia, morango e kiwi. Vegetais de folhagem verde escura também são ricos no composto.

 

VITAMINA D:

Essencial no crescimento e desenvolvimento dos ossos e dos dentes das crianças, a carência de vitamina D pode acarretar o aparecimento de raquitismo, que constitui no amolecimento e enfraquecimento das estruturas ósseas, prejudicando a resistência. De todas as vitaminas, essa é a única que o corpinho dos pequenos é capaz de fabricar, num processo protagonizado pela exposição das crianças aos raios solares.

 

Conforme os bebês vão crescendo, a tendência é que seu organismo seja capaz de produzir a quantidade adequada para o seu funcionamento adequado. O nutriente pode ser encontrado em carnes, peixes como sardinha e salmão, frutos do mar como mariscos e outros derivados de origem animal, como leite, ovo, fígado e queijos, além de cogumelos.

 

VITAMINA K:

Esse composto possui uma função primordial no processo de coagulação sanguínea, portanto, sua falta causa problemas de cicatrização e coagulação de cortes e feridas, mesmo que bem pequenos.

 

Por isso, obstetras costumam sugerir uma injeção de vitamina K no recém-nascido, instantes após o seu nascimento. O composto pode ser encontrado em alimentos como ameixas secas, grãos de soja, espinafre, alface americana, brócolis, rúcula e brócolis.

 

VITAMINAS DO COMPLEXO B

Conforme o próprio nome sugere, trata-se de uma família de vitaminas: B1, B2, B3, B5, B6 e B12. Esses seis compostos desenvolvem função crucial na formação dos glóbulos vermelhos, como são chamadas as células do sangue, no bom funcionamento do sistema neurológico, na regulação e produção da energia do corpo, no fortalecimento do sistema imunológico, além da saúde da pele, dos cabelos e do intestino.

 

Dietas que são livres de carne podem favorecer a deficiência da vitamina B12, ocasionando o aparecimento de doenças como a anemia. Os alimentos ricos em vitaminas do complexo B são peixes, fígado, abacate, castanhas e vegetais de folhagem verde-escura.